O aleitamento materno além de ser responsável por aumentar o vínculo entre a mãe e o bebê, pode ajudar a prevenir doenças como anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto cardíaco, segundo a Dra. Elza de Mello, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Isso acontece, segundo a especialista, porque, durante a amamentação, as mulheres passam a produzir mais ocitocina – hormônio que inibe as substâncias que desencadeiam nervosismo e estresse.
A nutróloga explica que existem estudos observacionais que comprovam esta ligação entre a amamentação e a prevenção de doenças crônicas. Então, além de benéfico para o bebê, o aleitamento também é ótimo para a mãe. Um levantamento publicado no Journal of the American Academy of Pediatrics, em 2012, mostrou uma redução de 28% nos índices de câncer de mama e nos ovários nas mães que amamentaram por mais que 12 meses. A análise também comprova que houve diminuição nos casos de leucemia e linfoma entre as crianças que foram amamentadas por mais que seis meses. A leucemia linfocítica aguda teve redução de 20%, enquanto a do tipo mielogênica aguda, 15%.
O estudo ainda mostra que houve uma redução de 30% do diabetes tipo 1 naquelas crianças que foram exclusivamente alimentadas por meio da amamentação por pelo menos três meses. Houve também uma diminuição entre 15% e 30% nos índices de obesidade nos jovens e adultos que foram amamentados na infância em comparação aos que não foram.
O leite materno ainda é o alimento mais completo para os bebês, já que seus nutrientes estimulam o desenvolvimento do cérebro e da imunidade. A recomendação é que as crianças sejam alimentadas apenas com o leite materno até os seis meses, e com alimentos sólidos e leite até os dois anos. A amamentação ainda previne hemorragias pós-parto, fraturas por osteoporose, artrite reumatoide, e contribui na recuperação do peso, já que gera um aumento da atividade metabólica.