Nas últimas semanas tenho pensado muito nisso, nas redes sociais, trabalhando com blogs, a gente acaba “aceitando” grande parte das pessoas que “pedem” para ser amigos, e isso não é de agora, alguns anos atrás, uma pessoa me adicionou no orkut e eu perguntei da onde conhecia, levei um fora, a moça se identificou como fã de um dos blogs e ainda insinuou se eu não queria fazer amigos, porque tinha blog e porque estava presente em redes sociais.

Então acaba que fica meio tipo ” celebridade”, você aceita e acaba a sua privacidade, porque nem tudo que eu escrevo e compartilho com meus amigos da vida real, aqueles que ligam na minha casa, me encontram, comemoram datas importantes comigo, desabafam lamúrias, eu quero compartilhar com pessoas que troco meia dúzia de palavras online, outros que nem troco palavra alguma, a não ser o fato de clicar em ” aceito” no facebook, por exemplo.

Como balancear esses dois mundos? Vários amigos sugeriram criar um perfil novo, com um codinome, e sempre que escuto essa palavra, me lembro do Cazuza e Codinome Beija Flôr, e eu que não quero proteger o nome de ninguém por amor, fico meio assim, meio assado de criar mais um perfil dentre tantos que já tenho, ainda mais agora com filho, que o tempo fica bem, mas bem curtinho e só quem tem sabe e entende e não digo isso com desdém de quem não tem, mas eu mesma quando não tinha, não fazia idéia do tempo que consumiria.

Navegando na rede, percebo que o glamour que um dia teve, pois já teve seu glamour, na época em que orkut era restrito para convidados, fiquei esperando ansiosa pelo meu convite, e assim revi e mantive contato com muitos amigos e parentes no Brasil enquanto morava fora e depois foi perdendo a graça e então veio o facebook, que na verdade já era bem usado pelos amigos americanos, e migrei, e gosto, uso todos os dias, mas penso muito antes de postar e o que postar.

Muito me incomoda escrever algo para alguém e qualquer pessoa que seja considerada ” amiga”, consiga ver, mas é assim a brincadeira, então vamos.

Me incomoda as pessoas que não tem senso, agora vejo a quantidade de mulheres que querem de qualquer maneira “pagar” de gostosa na net, chegando algumas vezes a deixar qualquer um confuso, tentando entender se são gostosas ou se trabalham com a venda do corpo …mas cada um com seu cada um … afinal como está escrito no meu facebook hoje “Respeitar as opções do outro em qualquer aspecto é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente”.

Adicionando e sendo adicionado, acabamos comentando em post de “conhecidos” sobre determinado tema e em segundos bate o arrependimento ao ver que a maioria dos amigos do ” conhecido”, jamais seriam seus amigos, que o que eles pensam, nada tem a ver com o que você pensa, que na vida real você jamais iria interagir com aquelas pessoas.

Aos 30&Alguns continuo usando, interagindo, gostando, desgostando e a cada dia que passa menos totalmente a vontade com as redes sociais do que gostaria, e você o que acha disso tudo?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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