Cuidados paliativos, atendimento humanizado e individualizado no tratamento de doenças crônicas são essenciais para aliviar o sofrimento do paciente e também de seus familiares

Uma equipe multiprofissional de cuidados paliativos vai acompanhar o paciente e sua família durante todas as etapas da doença, desde o início no diagnóstico e durante sua evolução. Segundo a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), uma doença grave atinge não só o paciente, mas também àqueles que o amam e merecem uma atenção especial, pois muitas vezes outros familiares podem desenvolver doenças psicológicas, como depressão e ansiedade, e acabar afetando o tratamento médico deste paciente. “Tratamento de anemia, tratamento do edema, suporte nutricional e suporte psicossocial. Estes cuidados não são curativos, são cuidados de conforto”, explica a nefrologista da Fundação Pró-Renal, Gina Moreno.

Segundo a nefrologista, o aumento da longevidade e da expectativa de visa vêm crescendo com os cuidados paliativos dentro da medicina. Atualmente, a doença renal crônica atinge aproximadamente 10% da população mundial. Isso se deve ao crescimento de doenças do grupo de risco, como diabetes e hipertensão. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que haja 850 milhões de pessoas com Doença Renal Crônica (DRC) no mundo. “Ainda continua sendo desafiador falar sobre doenças crônicas, tratamento de diálise e tratamentos não curativos. E é um aprendizado diário tanto para o paciente e a família como para nós, da equipe multidisciplinar”, explica. 

Dentro da especialidade da nefrologia, os cuidados paliativos podem incluir ou não o tratamento dialítico. Quando se fala em cuidados paliativos é importante destacar o atendimento humanizado e individualizado do paciente, e para que esse atendimento seja feito da melhor maneira possível, é necessário um relacionamento de confiança com a família e com a equipe que realiza estes cuidados. “Uma equipe multidisciplinar inclui médicos nefrologistas em associação ou não com médicos de outras especialidades, conforme cada caso. Enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos, podólogos, entre outros profissionais da saúde também são fundamentais com os cuidados do paciente e da família”, acrescenta a nefrologista Gina Moreno, da Fundação Pró-Renal, que destaca também que o para o tratamento completo da DRC, é necessário uma equipe de especialistas em diversos áreas que trabalhem em harmonia e tenham uma boa comunicação. 

PROTEGER — Segundo a definição da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), esse é o significado de paliar, termo derivado do latim pallium, e que nomeia o manto que cobria os cavalheiros e os protegiam das tempestades pelos caminhos que percorriam. Amenizar a dor e o sofrimento físico, psicológico, social ou espiritual é o objetivo dos cuidados paliativos. 

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