• Em março a “Operação Telhado de Vidro (PF) prendeu 14 pessoas suspeitas de corrupção e afastou o prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber (PSB) – levou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal a investigar um suposto esquema de caixa dois em campanhas eleitorais que envolveria políticos de Campos e deputados estaduais e federais do Rio.”
  • No dia 14 de maio uma equipa de reportagem do jornal “O Dia” foi torturada na comunidade do Batan, localizada no bairro de Realengo. “A equipe fazia uma reportagem especial sobre a actuação de grupos formados por polícias militares, civis, soldados, bombeiros e agentes penitenciários no activo ou aposentados que agem à margem do poder do Estado.”
  • No dia 29 de maio a Operação Segurança Pública S/A (PF) prendeu em flagrante o deputado estadual Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação ao contrabando. Denunciou o ex-governador Garotinho, pelo crime de formação de quadrilha armada. Luciana Gouveia dos Santos (ex-mulher de Lins), Francis Bulo (sogro de Lins), inspetor Mario Franklin Mustang (Marinho), e o policial Alcides Sodré (Alcides Cabeção), delegados Ricardo Halack, ex-chefe da Polícia Civil, e Luiz Carlos dos Santos e o policial Helio Machado (Helinho). Veja aqui a lista completa dos denunciados.
  • No dia 30 de maio após passar pouco mais de 30 horas preso, o deputado estadual do Rio de Janeiro e ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins (PMDB),o Plenário da Assembléia determinou a soltura do deputado estadual que foi liberado da sede da Superintendência da Polícia Federal (PF).
  • No dia 10 de junho o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) divulgou que de janeiro a março de 2008 em todo o estado houve um aumento no número de mortos em confrontos com a polícia (358 casos), o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) teve um aumento de 30% (52 ocorrências),homicídio culposo no trânsito (alta de 6,8%), roubo a estabelecimento comercial com 167 casos a mais do que no mesmo período do ano passado assim com um aumento no número de casos de extorsão com 70 casos a mais do que o mesmo período no ano passado.
  • No dia 11 de junho uma bomba de produção caseira foi lançada contra a 35ª DP, em Campo Grande.
  • No dia 14 de junho o exército entregou três jovens (independentemente de já terem passagem na polícia ou não) da comunidade da Providência para traficantes da comunidade da Mineira. Os três jovens foram executados, os 11 militares do Exército envolvidos no caso, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público, por três crimes de homicídio triplamente qualificado.
  • No dia 15 de junho a engenheira Patrícia Franco desapareceu depois de ter o carro alvejado por tiros e “despencado” no Canal do Marapendi (Barra da Tijuca). “graças ao irmão mais novo de Patrícia, que descobriu perfurações na lataria do carro da engenheira, que o primeiro laudo do ICCE não identificou, as suspeitas de homicídio passaram a ser apuradas.”Detalhe: as armas identificadas na perícia são do mesmo calibre das armas utilizadas pelos dois policiais militares suspeitos de assassinar e ocultar o corpo de Patrícia.
  • No dia 21 de junho seis pessoas foram mortas a tiros em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), “os bandidos chegaram ao bar encapuzados e fortemente armados, perguntando pelo PM e depois abriram fogo contra as vitimas, que estavam bebendo no estabelecimento e não tiveram tempo de reagir.”
  • No dia 21 de junho três bombas de fabricação caseira foram apreendidas na comunidade de Antares (Zona Oeste), “O delegado Agnaldo Ribeiro, titular da 36ª DP, contou que a polícia acredita que as bombas seriam usadas num ataque à sua delegacia porque numa delas estava escrito o número da unidade.”
  • No dia 27 de junho a entidade Rio de Paz fez uma manifestação cobrindo parte da areia na praia de Copacbana com quatro mil balões vermelhos cobrndo parte da areia da praia de Copacabana. A entidade “estima que 4.000 pessoas morrerão vítimas da violência no Estado no segundo semestre, totalizando cerca de 7.600 mortes em 2008” (“Os 4.000 que estão para morrer. Quem os salvará?“).
  • No dia 28 de junho o estudante Daniel Duque foi assassinado pelo policial militar Marcos Parreira do Carmo após uma briga na saída da boate Baronetti em Ipanema.
  • No dia 05 de julho o menino João Roberto Amorim (3 anos) que voltava de uma festa de aniversário no carro com a mãe e o irmão (9 meses) , que foi alvejado com cerca de 20 tiros por polícias militares no bairro da Tijuca. João Roberto estava no banco de trás do carro e foi atingido por três tiros, um deles na nuca.
  • No dia 09 de julho a Agência Estado publicou uma matéria na qual informa que a “Polícia do Rio de Janeiro é a que mais mata no mundo“, um em cada cinco homicídios,tem como autor um policial.

Aos 30&Alguns é frustrante, deprimente, desencorajador saber que os fatos acima são uma mínima fração dos problemas que ocorrem diariamente na cidade, pessoas morrem, pais vivem preocupados (independentemente da situação financeira) com o bem estar de seus filhos, amigos e familiares.

Quando será que essa situação irá mudar para melhor? Ou será que ainda irá ficar muito pior? Quantas vezes mais iremos assistir parentes de vítimas desesperados na televisão? Quantas vezes mais iremos chorar assistindo ao noticiário e pensar “isso poderia acontecer com qualquer um de nós”? Até quanto?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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