Desde que o Adriano nasceu em janeiro, volta e meia me pego pensando a respeito do que pensava quando mães ficavam falando sobre o que era ser mãe, que só quem tinha sabia, que davam mais valor as suas mães e todo esse papo de mães recentes.

Particularmente, considero mães recentes, aquelas cujo filho mais velho tem apenas 5 anos, sendo assim, mães com filhos com menos de 5 anos são consideradas por mim, mães recentes, porque quando o filho mais novo passa a ter cinco anos, as mães já não ficam falando tanto essas coisas que citei acima.

Sempre que escutava esses comentários, muitas vezes me enchia o saco, dava a impressão que essas mães só sabiam falar as mesmas coisas, de filhos e do quão bom era tê-los.

Eis que eu agora me encontro na situação de mãe recente, literalmente, e não é que outro dia ao falar com um amigo via skype, me peguei envolta no papo que sempre achei meio “forçado”, já que sempre acreditei que as pessoas geram os seus filhos e desejam tê-los de acordo com o seu próprio tempo e não porque uma mãe recente resolveu contar as maravilhas da maternidade, mas não resisti e quando vi, lá estava eu, dando dicas de como era bom ter um filho e que a esposa dele, já com 30&Alguns deveria pensar mais sério a respeito.

O que me leva a uma reflexão mais profunda a respeito da maternidade aos 30&Alguns, não que seja algo ruim, acredito que a maternidade em qualquer idade seja algo divino, mas que gera mais preocupações, isso não podemos negar.

Mesmo com os avanços tecnológicos, os avanços da medicina, ainda há maiores riscos para a mãe com 30&Alguns anos de idade ou mais, inclusive, fiquei surpresa quando a mim foi explicado que a minha gravidez já se enquadrava na faixa etária de uma gravidez idosa, por assim dizer.

A maioria das mulheres que conheço estão engravidando nessa faixa de idade e notei que todas ficam extremamente preocupadas com os problemas que podem vir a ocorrer com mais freqüência devido a idade da gestante.

Aos 30&Alguns, vejo que o papo de mãe recente faz parte da vida, faz parte do ser mãe, do querer compartilhar com aqueles que queremos bem essa dádiva, essa sensação de amor infinito que apenas realmente sabemos o que é, sentimos cobrindo todos os poros do nosso ser, quando nos tornamos mães.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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