Outro dia entrei no ônibus e o cobrador do outro post (Homem solteiro que mora com a mãe) estava lá, me deu uma vontade de perguntar se ele tinha conseguido preparar o feijão… mas me contive, não seria educado, mesmo tendo acompanhado sua vida, já que contou a história em alto e bom tom para todos ouvirem, acho que a intenção real era o motorista ter escutado, mas como teve que contar alto … engraçado como apenas escutando uma conversa entre duas pessoas, acabamos conhecendo um pouco, um momento de sua vida e parece que a conhecemos…

Hoje voltando do trabalho, desci do ônibus, aliás, a torcida do flamengo e eu (já que o ônibus estava lotado) no meio da rua, já que como a maioria das vezes o motorista literalmente larga os passageiros onde bem entende (principalmente sexta-feira), quando pisei na calçada notei que logo atrás de mim havia duas amigas conversando, como estavam falando meio alto, eu caminhei por um tempo até chegar no sinal, que estava fechado, elas continuaram praticamente grudadas em mim e depois de atravessarmos ainda continuaram por um tempo seguindo o mesmo trajeto.

Eis que estavam conversando sobre o dia que uma delas resolveu contratar um detetive para seguir o namorado que havia dito que estava doente e não poderia sair, pelo que entendi, ele morava com o Tio que era juíz, em uma rua com poucas casas. O Tio, ao notar que alguém que não morava no bairro estava parado perto de sua casa, o chamou a polícia que acabou prendendo o detetive, quando eu achei que fosse saber o final da história, elas viraram e eu continuei ….

Esse fato fez com que eu me lembrasse de uma amiga que na época da adolescência estava a fim de um garoto e sempre ligava para a casa do moço para ver se ele atendia, se estava em casa, eles não namoravam, nem ficavam, eram apenas conhecidos, o que ela não sabia é que a mãe dele era juíza e havia acabado de instalar o BINA (identificador de chamadas), então um belo dia depois de alguns telefonemas eis que a polícia bate na sua porta.

Que vergonha, ele, os amigos e mais meio mundo ficaram sabendo do fato, além dos pais da garota…

Aos 30&Alguns vejo que na rua, devemos prestar muita atenção sobre o que conversamos,pois um dia podemos acabar chegando em um blog e do nada ler um fato que aconteceu em nossa vida…. 😀

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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