Outro dia ouvi de uma amiga ” a gente nunca pensa durante a gravidez que vai sair do hospital sem o filho”, realmente nunca pensamos nessa hipótese, nos preocupamos com os exames iniciais, se a criança terá síndrome de down, se der positivo o que iremos fazer, conversamos com o marido, decidimos, esperamos, amamos, desejamos, mas durante a gravidez, realmente não imaginamos em fazer o parto e sair do hospital sem o bebê nos braços.
Assim como nunca imaginamos que nós ou alguém da família um dia será sequestrado, que alguém que a gente conheça vai se contaminar com o vírus da AIDS, que um catástrofe como a que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro irá disseminar famílias inteiras … enfim, nunca imaginamos que coisas não tão agradáveis possam acontecer com a gente … com o nosso vizinho talvez, mas não conosco.
Minha prima comemorou todos os mensários da sua filha até ela completar 1 ano de vida, eu achava legal, mas até o nascimento do Adriano e ter a dimensão do quão fortes e frágeis são os bebês quando nascem, não dava a devida importância … quando tomei conhecimento do falecimento de uma bebezinha linda e amada que havia nascido um mês antes dele, passei a dar uma importância tão grande a cada mês que passamos juntos, por mais um dia compartilhado, pela graça da sua companhia e pela benção divina de ser sua mãe e dele ser meu filho.
E pensando no meu filho e o que ele significa pra mim, penso nas mães que conheço, mães guerreiras, algumas que nos primeiros meses de vida tiveram que sair do hospital e deixar o bebê se fortalecendo, outras que tiveram alguns minutos ou meses com seus bebês que por um motivo que só Deus conhece já não estão mais em seus braços, viraram anjinhos, aquelas ainda que lutam diariamente para dar o suporte necessário aos filhos doentes e até aquelas cujos filhos ao nascerem tiveram alta do hospital e elas tiveram que permanecer internadas.
Aos 30&Alguns dedico esse post a todas as mães mas em especial para algumas mamães guerreiras queridas que conheço, e elas sabem quem são.