Com nutrientes que se complementam, o arroz e o feijão são pilares de uma alimentação saudável e equilibrada, essencial para o desenvolvimento das crianças
Há tempos se fala sobre a importância e os benefícios de uma alimentação saudável e equilibrada. Mas pensando no público infantil, o assunto se torna ainda mais relevante: além de ser uma fase de pleno desenvolvimento, é na infância que se adquire os bons hábitos para toda a vida. E com tantas opções de alimentos disponíveis nas prateleiras, muitos deles com rótulos que se dizem enriquecidos com vitaminas e minerais, focar no básico é o que realmente importa.
Alimentos como o arroz e o feijão, que são os pilares saudáveis da alimentação brasileira, devem estar presentes diariamente nas refeições das crianças. É o que explica a Dra. Aline Maldonado F. de Alcântara, nutricionista consultada pela Josapar – detentora das marcas Tio João e Meu Biju. Com nutrientes que se complementam, o arroz e o feijão apresentam propriedades essenciais para o bom funcionamento do organismo, especialmente nessa fase de desenvolvimento.
“Esses grãos são fontes de proteínas e carboidratos saudáveis, possuem vitaminas do complexo B, fibras que auxiliam no trato gastrointestinal e dão saciedade, além de minerais como ferro, zinco, magnésio, potássio, entre outros. Juntos, esses alimentos fornecem a energia necessária aos pequenos e podem ajudar a prevenir uma série de doenças. Sua falta pode acabar levando para quadros de má nutrição, com presença de anemia, cansaço físico, sensação de fadiga, irritabilidade e possíveis dores de cabeça”, aponta Dra. Aline.
Arroz e feijão x alimentos ultraprocessados
Embora muitos pais e cuidadores tenham a preocupação e condições de oferecer uma alimentação saudável e equilibrada às crianças, infelizmente essa não é a realidade da maioria do público infantil brasileiro. Segundo dados do último Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), 80% das crianças abaixo de cinco anos costumam consumir alimentos ultraprocessados e 25% das calorias ingeridas por elas vêm exclusivamente desse tipo de produto. Na faixa de dois a cinco anos essa proporção chega a 30%.
Segundo a nutricionista, esse deve ser um forte motivo de preocupação, porque se essas calorias são provenientes de ultraprocessados, carregados de aditivos como conservantes, corantes, entre outros ingredientes químicos e artificiais, significa que as crianças estão consumindo poucos alimentos saudáveis no dia a dia.
“Existe a ilusão da praticidade oferecida por esses alimentos prontos, mas uma hora a conta chega. Vemos, hoje, crianças com sobrepeso e obesas, e ainda assim desnutridas. Para reverter esse cenário, o melhor caminho é oferecer pratos coloridos e variados para as crianças, com diferentes tipos de carboidratos, proteínas, verduras, legumes e frutas. Assim que começa a introdução alimentar, por volta dos seis meses de vida, o arroz e feijão, por exemplo, pode ser consumido todos os dias ou pelo menos cinco vezes na semana. Ao longo desse processo, os hábitos da família são fundamentais. Se os adultos se alimentam corretamente, as crianças têm muito mais chances de aprender a fazer boas escolhas desde cedo”, conclui Dra. Aline.