Um dos maiores talentos da crônica da atualidade, o jornalista e escritor Mauro Ventura reúne textos inéditos e consagrados em PorVentura

O Rio de Janeiro não é uma cidade qualquer. Tão lindo quanto ardiloso, ela guarda sutilezas que só os escritores com maior sensibilidade conseguem captar — aí estão os livros de Rubens Braga, João do Rio e tantos outros para confirmar. E esse senso aguçado nunca faltou ao jornalista e escritor Mauro Ventura, autor de PorVentura.

Nas páginas de PorVentura, que marca estreia do selo 106 Crônicas, o leitor é conduzido por um passeio com destinos tão triviais quanto surpreendentes, como ruas, feiras, delegacias, calçadas e, principalmente, pessoas do Rio de Janeiro. O point pode ser a sala de um apartamento em Ipanema ou um beco de uma comunidade esquecida pelo poder institucional; a celebridade pode ser um político conhecido ou um cidadão (in)comum que realiza um projeto social extraordinário.

O autor narra situações e figuras peculiares em textos ora divertidos, ora comoventes, ora cortantes produzidos ao longo de vinte anos de crônicas de grande repercussão publicadas em veículos como Jornal do Brasil e O Globo, entre outros, e, mais recentemente, a internet. Mauro Ventura oferece ainda textos inéditos produzidos com exclusividade para este livro.

No livro, o autor ironiza suas distrações e dificuldades de guardar nomes e fisionomias, flagra cenas de afeto em meio à aspereza da vida cotidiana, volta-se para seres invisíveis como o talentoso vendedor de amendoim no trem da SuperVia a caminho do subúrbio ou o palhaço que faz seu número no sinal de um cruzamento na Lagoa; divide a graça e as agruras de um pai às voltas com os estratagemas dos filhos; denuncia o descaso da sociedade com um casal de catadores de recicláveis ou com um pai de família metralhado pelas forças de segurança de um Estado que deveria protegê-lo; e até visita uma prisão nos tempos do regime militar para narrar a detenção do próprio pai e a visita libertadora de Nelson Rodrigues. Mesmo quando direciona seu olhar para o que está à sua volta, consegue ser universal.

Da sala da própria casa até o gabinete presidencial, Mauro Ventura vai, assim, revelando suas observações e inquietações, de um encontro a outro encanto, ao passo que trafega pela vida, fornecedora da matéria-prima indispensável a toda boa crônica.

  • “Quando parece que estamos numa entressafra e que o caso [de amor do Brasil com a crônica] amainou, aparece um Mauro Ventura. E o amor reacende. ” (Luis Fernando Verissimo)
  • “[A crônica é] uma arte difícil, apesar da ilusória simplicidade, que custa muito trabalho de síntese e ritmo, de densidade e fluidez, para contar histórias curtas da cidade, do cotidiano, do tempo, das emoções humanas. É isso que Mauro Ventura faz muito bem…” (Nelson Motta)
  • “A alma do atento contador de histórias, sempre presente nos textos jornalísticos, agora chega inteira na voz do potente cronista. Sorte nossa! ” (Andréa Pachá)
  • “Jornalista tão sensível quanto talentoso, Mauro Ventura transita pelo cotidiano de um Rio de brutalidade e afeto. ” (Flávia Oliveira)
  • “Um tanto de reportagem, um tanto de conversa, olhos, ouvidos, coração: muito coração. A mistura funciona. ” (Cora Rónai)
  • “Percebe-se nos seus textos o anseio por promover a causa da justiça, dar visibilidade aos problemas sociais, extrair das pessoas o que elas têm de melhor…” (Antônio Carlos Costa)
  • “Mauro Ventura é o cronista do afeto.” (Daniel Becker)

Ficha técnica: PorVentura, de Mauro Ventura
Editora:
 106 Editora –  Crônicas
Autor: Mauro Ventura
Gênero: Crônicas
Para comprar:
 https://amzn.to/2U90986
ISBN: 978-65-80905-07-2
ISBN e-book: 978-65-80905-06-5
Edição: 1ª edição, 2019
Idioma: Português
Número de páginas: 240

Sobre o autor: Mauro Ventura começou a carreira como jornalista em 1985. Trabalhou como repórter, repórter especial, editor e colunista em veículos como IstoÉ, Jornal do Brasil e O Globo, onde assinou, de 2007 a 2018, a coluna Dois cafés e a conta. Com a reportagem Tribunal do tráfico, venceu os prêmios Esso e Embratel, duas das principais distinções do jornalismo brasileiro. É autor do livro O espetáculo mais triste da terra — O incêndio do Gran Circo Norte-Americano, um dos vencedores do prêmio Jabuti, o mais tradicional do país. Escreveu os contos “A dor oficial”, publicado no livro Brasil-Haiti ―101 histórias, e “AVC”, que integrou a coletânea 25 cronistas falam de superação. Como professor, deu aulas e oficinas de crônica e de jornalismo literário. Na TV, fez o roteiro do programa De conversa em conversa, apresentado por Fernanda Montenegro, Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo. Ocupou a Direção-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. É diretor de Impacto Social do Grupo Dadivar e diretor de Conteúdo do movimento Contém Amor.

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