Depois de uma certa idade começamos a notar que a receita da saúde está cada vez mais próxima da felicidade, e em parte, para alcançarmos isso, temos que começar amando a nós mesmos. A vida fica mais fácil de levar quando nos apaixonamos por nós mesmos, quando sabemos que somos alguém que vale a pena. Sendo a essência do ser humano o amor, o amor por si mesmo é o maior passo para atingir o verdadeiro amor pelo outro, pela vida, pelas pessoas.
Nós seres humanos, somos seres sociais, criados para viver em sociedade, em comunidade, e a função dos pais e das mães deveria ser de ajudar os filhos a serem quem eles realmente querem ser dentro dessa sociedade, interagindo em harmonia com os próximos para tentarem atingir seus objetivos finais, tanto pessoais como profissionais.

Muitos ficam perdidos com o amor incondicional dado por muitas mães e até mesmo por muitos pais, quando crescem acham que nas relações afetivas o amor tem que ser o mesmo, acreditam que devem viver pelos outros e/ou para os outros, se anulando e muitos quando conseguem realizar o que os outros querem ou esperam deles, acabam se sentindo frustrados, pois abriram mão da realização pessoal em prol de outrem, acreditando isso ser uma prova de amor. Como ser social levamos anos para entender que quem nos rodeia, nossos amigos e parentes, tem que gostar de nós pelo que somos, mas na adolescência e no início da vida adulta muitas vezes acabamos fazendo de tudo para sermos aceitos por um grupo ou pessoa, e muitas vezes não basta que nos aceitem, temos que ser acolhidos, queremos atenção, aprovação e valorização daquilo que estamos fazendo pelo outro.

Depois dos 30 e alguns acredito que a maioria de nós acabamos buscando a satisfação dessas necessidades de aceitação, acolhimento, aprovação e valorização em nós mesmos, acabamos buscando uma auto realização, conseguimos ver que a aprovação dos outros não é caso fundamental de vida ou morte, que não podemos aceitar a aceitação dos outros sobre nosso respeito sem que aprovemos.

Quando não procuramos em nós mesmos a auto realização podemos acabar frustrados, com sentimento de rejeição, desaprovação, desvalorização, auto insatisfação, sentimentos que na maioria dos casos acaba gerando a depressão.
Nessa fase da vida também aprendemos depois de tantas lições dadas pela vida que ninguém tem só sucesso, ao mesmo tempo que ninguém tem só fracasso. Que sofremos por várias razões, por armadilhas que causamos a nós mesmo e também pela maldade inserida em outras pessoas que nos cercam ou que acabam cruzando o nosso caminho.

Infelizmente para muitos a inveja, infelicidade acaba achando na desgraça alheia o consolo para sua vida sem sentido, se conseguissem entender que cada um é aquilo que é, nem mais, nem menos, se aceitassem, o sentimento de satisfação em si e para consigo já solucionaria uma boa parte de seus problemas, gerados pela falta de sentido de valor pessoal.

A auto imagem que tenho de mim é fator determinante do meu comportamento, assim como a auto imagem que você tem de si mesmo. A aceitação dos defeitos e das qualidades, me da condição de ajudar ao próximo. Aos 30&Alguns espero que cada vez mais um número maior de pessoas consigam se amor, se cuidar, para poder amar e ajudar ao próximo, porque o mundo realmente precisa de mais amor.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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