Da busca pela fertilidade às transformações do climatério, a saúde reprodutiva de homens e mulheres exige atenção contínua e avanços da medicina e na genética contribuem para mais qualidade de vida em todos os momentos
A saúde é uma jornada que atravessa diversas etapas e, para as mulheres, a fertilidade representa uma fase de possibilidades biológicas, como a gestação. Já o climatério sinaliza o fim da capacidade reprodutiva, trazendo mudanças hormonais e novos cuidados. Em comum, ambos os momentos pedem um olhar atento e integral, que conecte corpo e mente, além de soluções personalizadas que a medicina moderna tem oferecido.
No início da vida adulta, muitos casais enfrentam a infertilidade: um obstáculo que afeta cerca de 15% das duplas ao redor do mundo — 1 em cada 6, segundo a Organização Mundial da Saúde. Definida como a incapacidade de conceber após 12 meses de tentativas (ou 6 meses para mulheres acima de 35 anos de idade), essa condição pode ter causas femininas (30%), masculinas (30%) ou mistas (40%) — sendo que causas mistas envolvem fatores de ambos os parceiros.
Entender a origem do problema é o primeiro passo e, hoje, a genética tem desempenhado um papel crucial. “A saúde reprodutiva se aplica a todos, independentemente de gênero, orientação sexual ou modelo familiar, respeitando a diversidade e as diferentes trajetórias de vida. Exames como os Painéis de Infertilidade, oferecidos pela Dasa Genômica, analisam genes específicos ligados a dificuldades reprodutivas, ajudando a identificar desde falhas na produção de espermatozoides até problemas na ovulação. Para casais que já passaram por ciclos frustrados de fertilização in vitro ou que têm histórico de alterações reprodutivas, esse diagnóstico preciso abre portas para tratamentos mais eficazes e aconselhamento direcionado”, afirma Natália Gonçalves, gerente de reprodução humana, pesquisa e desenvolvimento de Dasa Genômica.
Climatério: dúvidas e mudanças femininas
O climatério é uma fase natural da vida da mulher que engloba a menopausa e marca o fim da fase fértil. A transição menopausal geralmente se inicia em torno dos 45 anos e pode se estender até os 55 anos, sendo a média para a ocorrência da menopausa aos 51 anos. Considera-se que a menopausa está estabelecida após 12 meses consecutivos de interrupção do sangramento menstrual. Mais do que ondas de calor — os famosos “fogachos” —, esse período pode trazer sintomas que impactam a qualidade de vida, como alterações de memória e de humor. Embora nem todas as mulheres apresentem sintomas intensos, todas vivenciam o climatério em algum momento.
“Muitas mulheres dizem: eu não tenho fogacho ou mal-estar, mas a minha memória…. Ou seja, frequentemente os sintomas vão além do que se imagina, e isso evidencia a necessidade de um acompanhamento que vá além do óbvio”, aponta o Dr. Raffael Fraga, cardiologista e coordenador do check-up esportivo do Alta Diagnósticos, marca da Dasa.
Um dos maiores alertas dessa fase é o risco cardiovascular. “Com a queda do estrogênio — hormônio que protege os vasos sanguíneos —, as mulheres ficam mais vulneráveis a doenças do coração, que matam mais do que todos os cânceres somados. Cerca de 80% das mulheres na menopausa apresentam pelo menos um fator de risco cardiovascular, como hipertensão ou glicemia elevada”, avalia. O Dr. Fraga ainda reforça que é essencial priorizar a saúde do coração tanto quanto outros exames preventivos. Hábitos simples, como a prática regular de atividade física, podem reduzir em até 30% os riscos de depressão e Alzheimer, promovendo um envelhecimento ativo e saudável.
Cuidado integrado com a saúde: sempre!
A conexão entre fertilidade e climatério está na continuidade do cuidado. Problemas hormonais ou de saúde reprodutiva que não são tratados na juventude podem se agravar com o tempo, impactando a transição para a menopausa. Da mesma forma, o bem-estar cultivado durante o climatério pode ser um reflexo de escolhas feitas anos antes. Imagine, por exemplo, um casal que enfrentou dificuldades para conceber na casa dos 30 anos e, com o apoio de exames genéticos, conseguiu formar uma família. Décadas depois, a mesma mulher, agora no climatério, colhe os frutos de ter mantido um estilo de vida equilibrado, enfrentando essa nova fase com mais disposição e menos complicações.
“Ferramentas como os painéis genéticos para infertilidade e o acompanhamento médico regular no climatério mostram como a ciência tem avançado para oferecer respostas personalizadas. Cabe a cada um — homem ou mulher, independentemente de sua história — buscar informação, dialogar com profissionais de saúde e participar ativamente dessa jornada, garantindo que cada etapa da vida seja vivida com vitalidade e consciência”, finaliza Fraga.