Nos EUA, tem um sistema, o qual quando alguém de telemarketing te liga, você pode informar a pessoa que deseja que o  número seja retirado da lista e ainda pode cadastrar o mesmo no website National Do Not Call Registry, uma vez cadastrado você pode processar (e lá funciona) a empresa que te ligar sem você ter autorizado.

Nossa, igualzinho no Brasil, não? Não mesmo, aqui é uma baderna só, é ligação do Jornal O Globo, da editora Abril, da Tim, da Vivo, da Claro, entre outros que você fica imaginando, assim como eu e o Mobilon, como te descobriram.

Quem mora no Rio de Janeiro (não tenho conhecimento que ocorra em outras cidades) ainda tem que preocupar-se com telefonemas de bandidos fingindo ser um ente querido que foi sequestrado.

Eu particularmente nunca recebi esse tipo de telefonema, mas alguns amigos e conhecidos já foram vítimas, e as pessoas reagem de forma diferente.

1. uma amiga da minha mãe recebeu o telefonema, por volta de 14h, informando que seu marido havia sido sequestrado, tentou passar um rádio para o marido e nada, começou a ficar preocupada, tentou novamente e nada, acabou acreditando no bandido, foi até o banco e fez a transferência para uma conta na CEF, minutos após fazer o depósito, recebeu um telefonema do marido, informando que estava anteriormente, em uma área em que o celular estava sem recepção. Ela então retornou ao banco, mas foi informada que nada podiam fazer.

2. outra amiga, recebe semanalmente por volta das 3h o mesmo telefonema, sempre um homem, grita: “mãe me pegaram”. A primeira vez ela foi até o quarto do filho e ao notar que estava lá, apenas desligou o telefone. Ela tem identificador de chamadas, as ligações durante um período de tempo vem do mesmo número, depois troca, mas ela nada pode fazer, vai confiar e reclamar para quem?

3. um amigo recebeu um telefone de madrugada, uma voz masculina dizia: “pai me pegaram”, como ele não tem filho, apenas filha, acabou respondendo: “bem feito, problema seu”.

4. minha mãe, já recebeu alguns telefonemas, sempre a cobrar, mas na semana passada, não foi a cobrar, era uma voz masculina que dizia: “mãe me pegaram, me pegaram mãezinha”, e ela muito safa perguntou: “Mariana” (nem tem filha Mariana), e o homem respondeu: “sim mãe, sou eu mesma”. Detalhe, ela tem identificador de chamadas.

Aos 30&Alguns eu pergunto, vamos fazer o que com casos como esses?  O mais assustador é saber que muitas vezes esses telefonemas vem de dentro de penitenciárias. Lamentável, ter um telefone e não ter paz ao atendê-lo, ou porque alguma empresa de telemarketing não para de te ligar ou porque bandidos ficam tentando te extorquir. Que país é esse? Que direitos temos?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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