Apesar de assinar a lista Blogosfera, creio nunca ter enviado nenhuma mensagem, leio grande parte do que aparece e uma das coisas que havia chamado minha atenção era um email do Luis Brudna do blog Gluón Blog, falando de emails que havia recebido de pessoas perguntando a respeito de como suicidar-se. Na hora até pensei em fazer um post, mas tinha outras coisas, a fila andou e a história passou.

Ontem ao abrir meu google reader, lendo o Blogue do Janio (quem não conhece, passa lá), li um texto no qual ele abordava o assunto.

Acredito que independentemente de religião, ou responsabilidade , a questão é muito delicada, pelo fato, do remetente do email indagar a respeito de formas para cometer um suicídio indolor. Não sou psicóloga, conheço pessoas que cometeram suicídio, nenhum pediu ajuda a ninguém, pelo contrário, os familiares e amigos quando receberam a notícia ficaram em estado de choque.

Poderia de repente dizer que o remetente do email na verdade não quer morrer, mas busca desesperadamente alguém que ao invés de enviar uma receita para ajudá-lo a findar com sua vida, pelo contrário, o incentive a viver, mostre de alguma forma se importar.

A responsabilidade do blogueiro nessa história ao meu ver seria nenhuma, poderia apagar o comentário e/ou emails caso o assunto mencionado nada tivesse haver com o tópico do post/artigo ou do blog em questão.

A responsabilidade como ser humano, o receio de não conseguir ajudar aquele que desesperadamente clama por atenção é outra história, é relacionado com a educação, caráter, forma como cada indíviduo vê a vida, enfrenta as adversidades e enxerga o próximo.

No ano passado (2006) ocorreu em Porto Alegre o I Seminário Nacional de Prevenção do Suicídio, “dados de um estudo inédito feito pelo Ministério da Saúde que aponta que, no ano de 2004, alguns estados e capitais brasileiros já apresentavam taxas de suicídio comparáveis aos países com índices preocupantes. No Brasil, a taxa de mortalidade por suicídio era de 4,5 mortes por 100 mil habitantes.”

Onde procurar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV) – programa de prevenção ao suicídio e valorização da vida, adotado por diversas instituições mantenedoras pelo Brasil, e concretizando-se como Posto CVV, se caracteriza por ser movimento filantrópico, civil sem fins lucrativos e desvinculado de religiões e política. (http://www.cvv.com.br)

Aos 30&Alguns vejo que há muitos blogueiros conscientes na internet, que se preocupam quando são abordados a respeito de determinados temas e tentam de uma forma ou de outra ajudar o próximo, acredito que é de ser humano assim como o Brudna e o Janio que o mundo está precisando cada vez mais.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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