A Psoríase é uma doença crônica, sistêmica, inflamatória e não contagiosa que afeta principalmente a pele e cerca de 2% da população mundial tem Psoríase e sofre com o preconceito causado pela falta de informação sobre a doença.

Dados apurados pela Associação Psoríase Brasil através de pesquisas, enquetes e banco de dados com 2.108 pacientes voluntários mostram que os portadores da doença são vítimas constantes de preconceito e discriminação, mais de 37% dos psoriásicos já foram tratados com diferença em alguns ambientes,  48% mudaram hábitos de rotina para evitar constrangimentos, 81% tiveram autoestima e vaidade afetadas, em 52% dos casos, a Psoríase interfere em seus relacionamentos interpessoais., 72% disseram que a doença também interfere no tipo de roupa que utilizam  e  73% dos psoriásicos se sentem envergonhados com a doença.

A doença tem importante impacto na qualidade de vida dos pacientes, o prejuízo físico e mental causado por ela é comparável ou maior do que o experimentado por pacientes portadores de outras doenças crônicas, como câncer e depressão requerendo atendimento por uma equipe multidisciplinar,  com a necessidade de inclusão de novas terapias, inclusive as de alta complexidade para aqueles pacientes que já passaram por todos os tratamentos convencionais e já não tem mais nenhuma opção.

Um levantamento realizado pela Associação Psoríase Brasil descobriu-se que 64,7% dos pacientes realizam tratamentos tópicos; 18,7% tratamentos sistêmicos; 11% biológicos; 3,1% fototerapia e 2,5% dois tratamentos (biológico + tópico ou sistêmico + tópico). Poucos estados do Brasil disponibilizam o tratamento por Fototerapia,  alguns medicamentos ficam em falta por longos períodos e infelizmente no Brasil, os centros de referência para tratamento são escassos.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Psoríase Brasil lutam junto ao Ministério da Saúde para demonstrar a necessidade de melhoria no tratamento da Psoríase, pleitando a liberação de medicamentos diferenciados para os portadores de Psoríase moderada a grave que sejam intolerantes, apresentem contra-indicação ou falha terapêutica aos medicamentos tradicionais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Os medicamentos biológicos utilizados no tratamento já são liberados pelo SUS para tratamento de diversas outras doenças como a Artrite Reumatóide, e até mesmo para a Artrite Psoriásica, que caracteriza o comprometimento articular da própria psoríase. Porém o paciente com psoríase apenas da pele, não tem os medicamentos biológicos fornecidos pelo SUS, mesmo que tenham a indicação clínica adequada.

Na maioria dos estados brasileiros, a medicação biológica só pode ser obtida para pacientes com psoríase através de medidas judiciais, a porcentagem de medicação destinada a este tipo de paciente é pequena e pouco onera o Sistema.

Em maio de 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS), aprovou uma resolução que considera a Psoríase uma doença crônica, incapacitante, não transmissível, dolorosa, desfigurante e para a qual ainda não existe cura. O Brasil é signatário desta resolução e a SBD trabalha incansavelmente para a redução de danos e melhora da qualidade de vida dos pacientes acometidos pela doença.

Abaixo assista o documentário com a história de dois pacientes, Shirlei Pereira e Alexandre Ultramari, que têm longo histórico de convivência, dúvidas, sofrimentos e lembranças difíceis  sobre a doença e relatam sobre todo o preconceito e a reclusão que já tiveram que enfrentar por causa da doença. Contam também sobre os avanços, o aprendizado, a força dos familiares e amigos e a gratidão pelos especialistas que ajudaram e ajudam na condução de todo o histórico médico e pessoal.

No site www.psoriasetemtratamento.com.br é possível ter acesso a diversas informações e pesquisar sobre a doença.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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