Quem acompanha esse blog, sabe que nos últimos tempos eu mudei algumas vezes, na verdade, nos últimos 6 anos mudei cinco vezes, uma vez de país, no qual morei durante quase cinco anos, depois dentro do mesmo país, nos últimos 3 anos 4 vezes , dessas,3 vezes na mesma cidade e agora mudei de estado.

Sempre a saudade esteve presente, mas agora a ficha caiu.

Quando digo que a ficha caiu, é porque só quem morou fora, muito longe e durante um bom tempo, sabe o que senti em relação a saudade. Quando estamos longe a saudade, sabendo que  a distância é real, que  aqueles que são querido levarão no mínimo 12 horas dentro de um avião para conseguir te ver, sem contar o gasto monetário que terão, bate forte e aperta o coração e durante quase cinco anos foi assim que vivi, esperando o momento que um amigo, um familiar, ligaria sem jeito, perguntando se poderia ficar alguns dias na minha casa e eu mais do que feliz, respondia que sim, que o meu lar estava sempre de portas abertas.

Agora, são no máximo seis horas de distância, se vierem de ônibus, uma hora e meia de avião e isso não é muito, mas os anos passam, e com isso, ficamos mais atarefados, mais atolados no trabalho, nos afazeres do lar, cuidando dos filhos (quem os tem) e é nessas horas que a ficha cai.

A ficha cai quando penso na minha mãe, nas minhas amigas que estão tão perto e ao mesmo tempo tão distante.

Nunca morei em uma cidade que fosse relativamente nova, pois passei a minha infância aqui, tenho meus parentes, mas não tenho as minhas amigas que cresceram comigo e a minha mãe, que com o passar dos anos, tornou-se uma mammiga.

Pensando nisso tudo, vi o quanto será difícil reunir todos os amigos no mesmo dia na minha casa, assim como será difícil encontrar com todos ao mesmo tempo no Rio.

Em junho irei visitar a cidade que um dia já foi maravilhosa, mas que tenho pessoas maravilhosas, que fazem parte da minha vida e da minha história vivendo lá. Uma das minhas melhores amigas não estará presente, estará de férias na Dinamarca, outras duas provavelmente estarão trabalhando loucamente durante os poucos dias que estarei na cidade, outros dois estarão trabalhando e se der no máximo conseguiremos tomar um chopp no nosso bat point no Leme e a minha mãe, essa, estará aqui.

A vida é assim, uma sequência de momentos vividos, hora aqui, hora ali e em certos momentos a saudade bate e o que mais queremos é estar reunidos com aqueles que amamos e que nos ajudaram a chegar aqui, agora, ao que nos tornamos.

Lógicamente que sinto saudades do chopp na Fiorentina, pelo menos a cada quinze dias com uma amiga mais do que querida, ou pelo menos uma vez por mês ir na casa da minha comadre, onde a mulherada se reunia, dançava, brincava com a criançada, a afilhada de cinco anos cantava no microfone as músicas do High School Musical e a gente ria e voltava a uma época mágica. Nosso momento único.

Aos 30&alguns dedico esse post, aqueles que me ajudaram a crescer e ser em grande parte o que sou. A ficha caiu e eu só queria aproveitar esse espaço que eu amo,  para escrever o que sinto e para dedicar esse post a minha querida Clarisse,  minha afilhada, um presente dado pela comadre, a Lau, Jannuzzi, Veró, Bia, Aline, Bosley, Beta, Villas em Barça, a minha mamma e ao meu pappy, a quem devo tudo e a minha mana que mora longe, muito longe, mas que está sempre perto, aqui, dentro do meu coração.

Uma amiga, mesmo sem saber, me ensinou a muito tempo atrás que a distância não impede a nossa a amizade, nosso amor, muito menos a nossa conexão, Rê Maria você me ensinou muito mais do que imagina.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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