Desde pequena a música faz parte da minha vida, meu avô materno era músico profissional, durante anos tocou nas orquestras dos cassinos de Santos, minha tia durante muito tempo foi do coral da Secretaria da Fazenda, meu tio tocava um piano suingado como ninguém, minha mãe sempre gostou de cantar… do lado paterno tinha um tio dos primos do meu pai que tocava uma flauta transversal, um chorinho, que comovia… então não adiantava correr, a música fluia no ar.

Da minha infância lembro claramente como se fosse hoje, minha mãe com a vitrola ligada, o vinil rodando, o som nas alturas e ela cantando e muitas vezes até mesmo dançando com a porta da geladeira como se fosse um par em um rock´n roll ou samba-rock.

O gênero musical variava, minha mãe adorava Elis Regina, Julio Iglesias, Astor Piazzola, The Mamas & The Papas, Gal Costa, Gil, Caetano, Ney Matogrosso, meu pai por outro lado adorava Maria Bethânia, João Gilberto; Vinícius, Jobim, Nana Caymmi, sem falar na coleção da minha mãe dos gigantes do jazz.

Um samba partido alto também rolava e a gente dançcava e cantava e ria e a vida naquele momento era maravilhosa. A música faz isso com as pessoas, a gente se emociona e vive o momento, ri ou até mesmo chora e sente e é profundo.

O que eu mais gostava era quando meu pai me colocava sobre os seus pés e a gente dançava junto. Depois quando fiquei maior ele me ensinou a dançar rock´n roll.

Na adolescência o meu gosto musical, foi tornando-se mais pessoal, mas meu mesmo, e com tantas influências era impossível poder dizer gostar de apenas um estilo ou segmento musical.

Na adolescência eu assisti shows de Celso Blues Boy, Pato Banton, Julian Marley, Gil, Jorge Ben (na época era Ben mesmo); tributo a Janis Joplin, tributo a Raul Seixas, tributo a Bob Marley, David Bowie, Red Hot Chilli Peppers, Whitney Houston, Rita Lee, Gal, Guns´n Roses, Judas Priest, Tim Maia, Caetano, Marisa Monte, entre tantos outros.

A música contagia e ontem no show da Marisa senti algo engraçado e prazeroso, relembrar fazes da minha vida através de suas músicas e ficar extremamente feliz. Acho que é por isso que muitos fãs se sentem tão próximos de seus ídolos. Eu, só me dei conta disso ontem, naquele momento em que recordei diferentes épocas e todas, sem nenhuma dúvida foram ótimas porque me fizeram ser quem sou hoje em dia.

A melhor idade é a que tenho agora, gosto muito dos meus trinta e alguns….

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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