O leite materno oferece benefícios a médio e longo prazos: protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortalidade em crianças menores de cinco anos, de acordo com o Ministério da Saúde. O órgão recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida.

A amamentação protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. Estudos que avaliaram a relação entre obesidade, em crianças maiores de três anos, e tipo de alimentação no início da vida constataram menor frequência de sobrepeso/obesidade em crianças que haviam sido amamentadas. Além disso, foi constatado que elas possuem risco 22% menor de desenvolverem obesidade, em comparação com outras crianças da mesma faixa etária.

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O leite materno é rico em vitaminas, minerais, componentes imunológicos, proteínas e hormônios que agem no controle da fome e saciedade, contribuindo assim para a prevenção da obesidade em crianças que recebem aleitamento materno exclusivo. Por outro lado, a alimentação complementar introduzida precocemente está relacionada à obesidade, visto que muitas vezes é feita de forma inadequada com alimentos ultra processados.

Dessa forma, o aleitamento materno por 6 meses ou mais, pode ser um importante aliado na prevenção da obesidade infantil.

Obesidade infantil no país

De cada três crianças e adolescentes no Brasil, uma está acima do peso; 11% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos têm obesidade e cerca de 17%, sobrepeso, segundo o Ministério da Saúde e a OECD. A obesidade é uma doença crônica multifatorial, com implicações genéticas (quando os pais têm obesidade) e ambientais, caso a criança esteja inserida em uma família com hábitos alimentares não saudáveis e está sedentária.

Caso não seja tratada de forma adequada, pode evoluir e causar problemas graves mesmo na infância, como diabetes tipo 2, colesterol, hipertensão, entre outras condições. Além da saúde física, a obesidade também pode ter efeitos psíquicos nessa fase da vida. A criança com obesidade pode desenvolver uma autoestima baixa, pois muitas vezes são excluídas dos jogos e brincadeiras e sofrem bullying, o que pode levar à ansiedade e à depressão. O tratamento da obesidade infantil envolve reeducação alimentar, prática de exercícios físicos e, eventualmente, medicação (a partir dos 12 anos). O apoio familiar é fundamental para a adesão e efetividade do tratamento.

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