cannabis medicinal

Pacientes com neuropatia diabética periférica têm alívio de pelo menos 50% da dor, utilizando Cannabis medicinal, segundo estudo

Um estudo feito no Centro de Pesquisa Clínica Geral do Centro Médico da Universidade da Califórnia (UCSD), realizado em 16 pacientes com neuropatia diabética periférica, utilizou a cannabis inalada para verificar a melhora na intensidade da dor. De acordo com o artigo, houve uma diminuição significativa da dor em comparação com o público do placebo, comprovando o efeito analgésico da planta.

A neuropatia é um tipo de dor crônica decorrente do diabetes, causa mais comum que afeta os nervos periféricos. Dentre os incômodos regulares, estão a queimação, a agulhada, o formigamento, os choques, o inchaço e o adormecimento, que normalmente aparecem mais no período da noite. Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a neuropatia diabética afeta cerca de 366 milhões de indivíduos em todo o mundo e o tratamento convencional não é satisfatório.

A cannabis, dentro da medicina canabinoide, tem sido utilizada para amenizar esses efeitos do diabetes e de outras patologias, mostrando eficácia no controle das dores crônicas. “A dor neuropática, seja diabetes, sequelas de AVC ou outras, é uma das piores dores, tanto para quem tem quanto para quem trata. E hoje sabemos que a cannabis medicinal é muito boa como coadjuvante no que temos de tratamentos”, ressalta Maria Teresa Jacob, médica que atende pacientes com a cannabis medicinal.

Segundo a Dra. Teresa, ocorre um alívio de mais de 50% quando se usa a cannabis medicinal nesses casos. “As respostas são relativamente rápidas. Quando você passa a ter a oportunidade de associar a cannabis no tratamento dos sintomas, o paciente, na maioria das vezes, tem um alívio importante, bem significativo”, conclui a especialista.

Apesar de preliminares, as pesquisas disponíveis reforçam que a cannabis é uma escolha alternativa e eficiente de tratamento para a neuropatia diabética. Ao mesmo tempo, antes do médico prescrevê-la, é necessário avaliar todo o histórico do paciente e definir questões como a dose e as substâncias presentes no remédio à base da planta. O crescente interesse pela medicina canabinoide abre espaço para novos estudos e possibilidades para tratar essa e outras condições.

Sobre a Dra. Maria Teresa Jacob: Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.

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