Em seu último livro, “Brain Bugs: How the Brain’s Flaws Shape Our Lives”, o neurocientista da UCLA, Dean Buonomano, diz como os atalhos do nosso cérebro tem impacto em nossas decisões cotidianas, assim como até mesmo o melhor sistema de computador está propenso a falhas, o cérebro humano também tem suas falhas.
Enquanto podemos facilmente corrigir e atualizar os bugs digital, o cérebro humano e sua complexa rede neural não pode ser apagado e atualizado, de acordo com Dean, nosso cérebro não é “programado” para viver no século 21, foi otimizado para viver em um mundo em que temos que lidar com questões como encontrar comida e abrigo, agora, nosso cérebro tem que lidar com um mundo em que planejamos décadas a nossa frente e temos comida em abundância, além de conhecermos milhares de pessoas diferentes.
Nós, seres humanos, somos facilmente influenciados pelo marketing e pela propaganda, porque nossa capacidade de processar o contexto pode ser usado contra nós, um exemplo clássico: se você ouvir que você tem duas opções para um tratamento médico e tem uma taxa de sobrevida de 95% e o outro tem uma taxa de mortalidade de 5%, as pessoas ficam inclinadas para o tratamento com uma associação positiva, apesar de ambos serem matematicamente o mesmo. Comerciantes aproveitam disso.
Nosso cérebro tem “bugs”, e comparando com um computador, o cérebro tem muito mais coisas legais como consciência, percepção e criatividade, mas como um dispositivo de informação, o cérebro faz algumas coisas bem e outras muito mal devido a alguns “bugs, “o que afeta coisas como a formação de falsas memórias, tomar decisões financeiras de forma irracional e problemas como lembrar nomes e datas.
Apesar de suas falhas, o cérebro é claramente melhor do que um computador em algumas coisas, um computador é melhor para descobrir um logaritmo de oito dígitos, seus “switches” são muito rápidos, discretos, os blocos de construção do cérebro, nossos neurônios, são muito barulhentos, são muito sociais, se comunicam uns com os outros, por exemplo, se você liga a sua TV, e ouve uma pessoa falando “válvulas”, se essa pessoa está vestindo um jaleco de médico, você vai interpretar o comentário no contexto da válvula do coração, já se a pessoa tiver usando um uniforme de mecânico, você vai pensar em válvulas de carro, de modo que o cérebro é perfeitamente capaz de pegar um contexto, coisa que um computador não pode.
Aos 30&Alguns eu pergunto, você já havia pensado nisso?
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