Esse ano não tenho postado tanto no blog, diminui na quantidade de posts, acho que assim, aqueles que não conseguem ler diariamente, conseguem ainda pegar algo interessante para ler aqui nesse espaço … ou talvez seja cansaço ou ainda um pouco de preguiça, a verdade é que apesar de ter diminuido a quantidade de posts, a minha cabeça não para de pensar a todo momento e o engraçado é que agora é automático pensar se daria um post ou não, muito do que vejo daria, até penso em como escrevê-lo, mas me pego fazendo outras coisas e no final não dão em nada.

Janeiro já está acabando, e com ele chega fevereiro, chega o carnaval, no qual já mostrei minha opinião por aqui, tem o aniversário da Grace Olsson e da da minha mãe, ambas fazem no mesmo dia, descobri ontem lendo um post no Eu e o Renascer das Cinzas, outros amigos também irão estar comemorando mais um ano de vida, milhões de pessoas estarão comemorando para ser mais exata e nós brasileiros será que nos lembraremos que em fevereiro fará um ano que um dos atos mais brutais* e violentos contra um cidadão brasileiro ocorreu?

Foi no dia 07 de fevereiro de 2007 que Rosa Cristina Fernandes Vieites voltava para casa dirigindo o seu corsa, acompanhada da filha Aline (14 anos) sentada no banco da frente e o filho João Hélio (6 anos) sentado no banco de trás, preso com cinto de segurança como manda a lei e seria o correto caso não vivessemos em Terra de Marlboro e justamente por anos de negligência, desleixo, desinteresse público, a cidade que um dia já foi maravilhosa foi o palco da tragédia que sucedeu no sinal de trânsito na Rua João Vicente, em Oswaldo Cruz.

O carro de Rosa Cristina foi rendido por Diego Nascimento da Silva, Carlos Roberto da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima e Thiago de Abreu Mattos que armados fizeram com que ela e sua filha saíssem do carro, ao tentar tirar o cinto de segurança de seu filho os bandidos arrancaram com o carro.

João Hélio Fernandes Vieites, brasileiro, 6 anos de idade, foi arrastado preso ao cinto de segurança pendurado pelo abdômen, por cerca de 7 km, cerca de 15 minutos, pelas ruas do Rio de Janeiro, enquanto moradores gritavam desesperados tentando avisar aos bandidos, ao ver a criança sendo arrastada pelas ruas.

Você esqueceu do crime? Nem eu
Poderia ter sido com você? Poderia
O que fazemos como sociedade?Lamentamos na hora e depois esquecemos
O que os nossos governantes fazem? Praticamente nada, diariamente morrem pessoas inocentes e nada é feito
Você se sente protegido em sua cidade? Eu não me sinto na minha, apesar de pagar impostos em dia

Aos 30&Alguns eu pergunto, quando iremos ter paz? Quando iremos ter os nossos direitos básicos como cidadãos direitos que pagam seus impostos, que não matam, não roubam, não aprovam a pedofilia/turismo sexual e toda essa sujeira que inunda o nosso país poderemos sair de cada com tranquilidade?

Quando os menos favorecidos, as classes C,D, E, F (aqueles que estão na rua mesmo) terão um estudo digno? Quando uma pessoa de bem, que trabalha diariamente como diarista, poderá utilizar o dinheiro que recebe para comprar uma boa refeição ao invés de comer farinha por ter que pagar uma escola particular para o filho para que ele tenha um futuro melhor e não se envolva com os meninos do tráfico da comunidade carente em que mora?

Até quando as nossas crianças e jovens serão relegados a não terem um estudo decente?

Menor envolvido em morte de menino ficará preso por no máximo três anos – O Globo
Criança morre depois de ser arrastada por carro durante assalto – Folha Online
Assaltantes arrastam criança de 6 anos por 7 km – Terra
Secretário de Segurança do RJ afirma que irá aumentar o policiamento
– Último Segundo
Caso João Hélio: menor ficará pelo menos um ano internado, acredita juíza – G1
Suspeitos sabiam que estavam arrastando João Hélio, diz delegado – Folha Online
Caso João Hélio: Pena sócio-educativa de menor pode ser de 4 meses – G1

um dos atos mais brutais* : Tim Lopes ; Daniella Perez ; Rodrigo Netto ; Violência no Rio de Janeiro ; COAV – Crianças e Jovens em Violência Armada Organizada ; A violência do Rio atinge até quem defende os direitos humanos dos criminosos ; Rio poderá ter detectores de metais em ônibus depois do carnaval ; Passagem de ano marcada por violência no Rio de Janeiro

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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